domingo, 24 de agosto de 2008

Dr. Gilmancio



Demétrio Bezerra da Rocha Moraes, nasceu na cidade de Bragança, na Província do Pará em 27 de novembro de 1850, sendo filho de Francisco Bezerra da Rocha Moraes e de D. Leonarda Maria da Conceição. Seu pai era oriundo do Rio Grande do Norte, enquanto que sua genitora era filha da província do Pará, natural da vila de Soure, na Ilha do Marajó.
Formado pela Faculdade de Direito de Recife, Demétrio Bezerra da Rocha Moraes, desempenhou na capital da província do Pará, as funções advocatícias, especializando-se posteriormente em questões fundiárias. No início da vida publica, exerceu os titulações de promotor publico da cidade de Bragança e de Óbitos, tendo ainda sido chefe de policia na administração do Barão de Maracajú.
Como político, desde o período acadêmico era defensor das idéias do partido liberal, sendo conhecido pelo seu radicalismo, o que lhe rendeu diversos adversários dentro e fora da província, estando entre eles ate mesmo um de seus irmãos, o desembargador Antonio Bezerra da Rocha Moraes, um dos chefes dos conservadores na província.
Desempenhou mandatos de deputado provincial e de deputado geral. Com o fim da monarquia e a proclamação da Republica, passa a fazer parte do partido Democrático, onde desempenha a sua liderança. A partir da extinção do Democrático, afasta-se da vida política, não participando mais de nenhuma legislatura paraense.
Sua região eleitoral era a ilha do Marajó na região de Soure, onde era grande latifundiário. Durante sua vida política, votou atenção especial para aquela região, propondo diversas leis e melhorias para a vila que o viu crescer.
Na imprensa paraense, foi colaborador do Liberal do Pará, órgão oficial do partido liberal na província, onde constantemente realizava ataques aos membros do partido conservador. Será neste órgão que iniciou a serie de artigos intitulados Álbum dos Juvêncios, com o pseudônimo de Dr. Gilmancio.
Um dos redatores do Democrata era responsável por uma coluna denominada Perambulando, onde escrevia quase que diariamente sobre política e atualidades na vida publica da província, com o pseudônimo de Macário.
Exerceu o cargo de procurador federal junto à universidade de Direito do Pará, função esta que desempenhou até o seu falecimento.
Casou com Rita Acatauassú Nunes filha do Dr. Antonio Gonçalves Nunes, Barão de Igarapé Mirim e de dona Rita Gonçalves Acatauassú, deixando vasta prole deste casamento.
Faleceu em 23 de março de 1909, na cidade de Belém.