quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crucifixo de Von Martius

Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Santarém, encontra-se o famoso crucifixo do cientista alemão Karl Friedrich Philipp Von Martius, que tanto orgulho concede aos moradores deste município.

Karl Von Martius formou-se em Medicina, mas dedicou-se ao estudo das Ciências Naturais, especialmente Botânica e Zoologia. Membro da Academia Real de Ciências de Munique (Alemanha), veio ao Brasil integrando a comitiva da arquiduquesa Leopoldina, que se casou com D.Pedro I. Durante três anos (1817 a 1820), por determinação do rei Maximiliano José, da Baviera, ele viajou pelo país, acompanhado do Cientista Johann Baptist Von Spix, recolhendo amostras do solo e exemplares da fauna e da flora. Em parceria com Spix escreveu as obras "Viagem pelo Brasil" e "A Flora Brasileira", um verdadeiro tratado de botânica em 15 volumes, com 20.773 páginas e 3.811 gravuras.

Em 18 de setembro de 1819, Von Martius escapou de morrer num naufrágio, quando navegava pelo rio Amazonas, próximo a Santarém. Aquele dia foi decisivo na vida do cientista de língua alemã, nascido em 17 de abril de 1794 na cidade de Erlanger, na Baviera, que deixou um dos maiores estudos sobre a flora brasileira. Em agradecimento a Deus por ter sido salvo da morte, Von Martius mandou confeccionar um crucifixo de ferro fundido, com 1,62 metro de altura. O crucifixo, que ficou pronto em 1846, só chegou ao porto de Santarém em 1848 e difere dos demais por apresentar Jesus ainda vivo.

Mesmo tendo chegado ao ano de 1848, a peça passou alguns anos desmontada e armazenada na casa do vigário da cidade, o que gerou certo descontentamento do naturalista, que teve que solicitar a intervenção do Arcebispo da Bahia na questão:

“...Na minha ultima carta contei a historia do crucifixo que mandei ao Pará para ser erigido na igreja de Santarém, e que até agora ficou desarmado na casa do Snr. Vigário, por serem as muralhas do templo não muito fortes. Repito a minha devota solicitação, que V. Exc. tenha a bondade de intervir nesse caso, ordenando que quando o crucifixo (que é de ferro dourado, e tem oito pés de altura) não coubesse sobre uma cruz na igreja, seja collocado fora dela, ou pelo lado da ribanceira. Salvado por milagre das águas do Amazonas, eu sentiria grande satisfação sabendo, que este testemunho da minha pia gratidão não se perdesse...”(Medico do Povo, nº 98, 1851)

Pouco caso se fez a uma peça que hoje tanto representa ao povo do Estado...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma sogra diferente...

Por experiência própria sogra nunca é uma pessoa muito amável, porem no século XIX, encontrei um caso bem diferente.

D. Joaquina Maria de Jezus Gomes França, abastada viúva, resolve doar em vida todos os seus bens, entre casas, jóias, direitos, ações e escravos para sua filha e seu genro o Doutor Patroni, sem nenhuma condição alem de alforriarem uma negra que fazia parte dos seus bens e da filha menor da mesma.

Entre suas alegações para efetuar a adoção afirmou: “tenho muita confiança em Deos, que meu genro e sua mulher hão de sempre me tratar-me bem, com aquelle carinho e amizade, com que sempre me tratarão até hoje, fazendo em tudo as minhas vontades licitas e honestas...” (Treze de Maio de 20/set/1840)

Quem dera que todas as sogras agissem assim!!!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Antigos Colégios de Belém

Dois antigos Colégios de Belém...

Colégio Ipiranga, localizado na Av. Braz de Aguiar






Colégio São Paulo, localizado na Serzedelo Correa



Esquecidos pelo tempo e demolidos pelo Homem.....