quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tristão Pio dos Santos - Presidente da Província do Pará

Tristão Pio dos Santos era filho de Pio Antonio dos Santos e de D. Maria Marciana de Sá, nascido na Colônia do Sacramento, batizado no Rio de Janeiro em 1773. Casado em Lisboa a 20-06-1806, com Gertrudes Carlota das Astúrias, natural de Lisboa, e filha de Antônio Álvares e Gertrudes Rosa.

Realizou seus estudos primários no Rio de Janeiro, transferindo-se depois para Lisboa, onde se alistou como aspirante a guarda-marinha, em 17 de junho de 1791. Em 1796 recebeu os Galões de guarda-marinha, após um curso regular e proveitoso. No mesmo ano, em 05 de novembro, foi promovido a 2º tenente e em 08 de dezembro foi designado para embarcar na Nau "Princesa da Beira", para o necessário estágio de embarque.

A sua vida de marujo desenvolveu-se brilhantemente. Escalou os vários postos, sendo que, o de capitão de Fragata, recebeu como prêmio do Príncipe Regente D. Pedro, por ter sido ele um dos comandantes que trouxeram a Família Real de Lisboa ao Rio, em 1808.

Seguindo a carreira militar ocupou vários cargos em terra e desempenhou várias comissões. Foi também comandante do Arsenal da Baia, por ocasião da Campanha Cisplatina. Recebeu a condecoração de Comendador da Ordem de Aviz em 14 de março de 1826.

Em 1827 foi nomeado Inspetor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.

Sentindo-se fatigado pela cansativa vida de servidor leal da Marinha foi reformado no posto de vice-almirante, em 23 de outubro de 1832.

No ano de 1837 ocupou a função de Ministro dos Negócios da Marinha (16/05/1837-18/09/1837), durante a Regência de Feijó e somente retirou-se desta pasta ministerial com a queda da Regência.

Neste período, foi amplamente atacado pelos opositores do governo, principalmente por Bernardo Pereira de Vasconcelos e passou a ser conhecido pelos órgãos de imprensa da oposição como Alegrão Ímpio dos Danos.

Chegou a Província do Pará com quase 70 anos de idade e tomou posse da administração no dia 4 de novembro de 1840. Poucos dias depois de chegar foi acometido de grave moléstia, mas mesmo assim não deixou a administração da província, mantendo-se no poder ate o dia de sua morte em 24 de fevereiro de 1841. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja da Irmandade Militar.

Foi durante seu governo que a execução do Decreto de anistia aos elementos que fizeram parte da Cabanagem, foi concebido e posto em pratica.

Um comentário:

André Koehne disse...

Prezado, gostaria de agradecer o material biográfico aqui postado; tomei a liberdade de usá-lo como fonte para o verbete da Wikipédia - que era uma linha singela até então. Uma pena não termos uma imagem para ilustrar a personalidade retratada... Bom trabalho.